EU VEJO, DISSE O CEGO
(POEMA DE ROSA KAPILA)
PROCURO PALAVRAS
NA SEMI-COLA
QUE NUNCA ANDARAM JUNTAS
PORQUE AS PESSOAS TÊM SEUS ENREDOS...
E NÃO HÁ HISTÓRIA QUE CONSIGA
DAR CONTA DE TANTOS TEMAS
SE EU SOUBESSE O QUE DIRIA O POEMA, NÃO
PRECISARIA ESCREVÊ-LO.
SE UM VENCEDOR NUNCA FOGE
UM FUJÃO NUNCA VENCE.
NA CINELÂNDIA MONTINHOS DE FOLHAS
CHUTADAS, PISADAS, CUSPIDAS, AMASSADAS, BAILAM
ENQUANTO BATO PAPO
COM UM MENDIGO COM DUAS RODELAS CORTADAS NA CALÇA, NO BUMBUM...
FIQUEI SENTADA EM FRENTE AO AMARELINHO POR DUAS HORAS
OLHANDO QUEM FAZ NADA.
NEBULAS NOS OLHOS.
TOMO A SECO UM ANADOR
ARMADILHAS DE UMBERTO ECO
NO "DIÁRIO MÍNIMO".
SEIS CEGOS E O ELEFANTE.
UM DOS CEGOS, BATENDO COM SEU CAJADO
EM CIMA DE MEU SAPATO TUM TUM TUM
ME DIZ: "EU VEJO".
ENTRAR NO ESPELHO
ESTAREI NUM MUNDO QUE DEU ERRADO?
PASSEI PELA RUA MANUEL DE CARVALHO
E MATUTEI: O NOME DE MEU AVÔ.
EM PLENA CINELÂNDIA.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
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