terça-feira, 21 de dezembro de 2010

VEJO A LUA ACENDENDO FOGO NO CÉU COM SUAS LÁGRIMAS

“Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo” ( Fernando Pessoa )

Para meu querido amigo Julio Emílio Braz



Sei que está ficando tarde

O motorista da van vai a toda na rodovia

Talvez ele ache a vida um tédio

Sou apenas uma moça cosmopolita perambulando pelo mundo

Não pareço disposta a tudo.

Nem por amor suportaria arranhões em minhas costas.

Eu beijo fácil e digo adeus.

Essas luzes trazem minhas vidas passadas às ruas.

Espanto a chuva com minhas galochas de gato de botas.

Chego molhada em casa e vejo aquele meliante encostado

No poste da esquina com sua curica de lado.

Deixei meu mau humor ali, na soleira do portão.

Agora vou encarar a noite inteira

Os sinos virtuais tocam para quase ninguém.

Adoraria encontrar alguém que desse para mim, sua noite inteira.

E a noite inteira fico acordada;tem dias.

A noite inteira guardo meu ciúme e observações venenosas.

Shakespeare me salva em algumas noites.

Quero ficar longe do dragão de fogo que às vezes explode em mim.

Telefone, se você tocar diga que não estou e que nunca

Me viu mais gorda.

Mordo uma maçã vermelha em seu dulçor.

Venha paz: fortuna dessa vida.

Alma penando do teu padecer e de tuas ossadas em pó

Ninguém deve sorrir.

Esquecidos de mim, os musos me deixaram.

Alguns ventos cruéis ajudaram em minha perdição.

Teu corpo vivo ou morto eu quero: uma rocha

Sou uma efêmera flor numa ampola fumosa.

Queria ouvir tambores somente para dançar.

Estou curtindo uma pena danada de mim.

Mais uma longa noite poética me espera.

O silêncio da poesia francesa me comove...

Por que nesse momento a poesia foi embora?

Vejo a lua acendendo fogo no céu com suas lágrimas.


Escrito por Rosa Kapila às 22h57
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sábado, 18 de dezembro de 2010

VEJO A LUA ACENDENDO FOGO NO CÉU COM SUAS LÁGRIMAS

“Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo” ( Fernando Pessoa )

Para meu querido amigo Julio Emílio Braz



Sei que está ficando tarde

O motorista da van vai a toda na rodovia

Talvez ele ache a vida um tédio

Sou apenas uma moça cosmopolita perambulando pelo mundo

Não pareço disposta a tudo.

Nem por amor suportaria arranhões em minhas costas.

Eu beijo fácil e digo adeus.

Essas luzes trazem minhas vidas passadas às ruas.

Espanto a chuva com minhas galochas de gato de botas.

Chego molhada em casa e vejo aquele meliante encostado

No poste da esquina com sua curica de lado.

Deixei meu mau humor ali, na soleira do portão.

Agora vou encarar a noite inteira

Os sinos virtuais tocam para quase ninguém.

Adoraria encontrar alguém que desse para mim, sua noite inteira.

E a noite inteira fico acordada;tem dias.

A noite inteira guardo meu ciúme e observações venenosas.

Shakespeare me salva em algumas noites.

Quero ficar longe do dragão de fogo que às vezes explode em mim.

Telefone, se você tocar diga que não estou e que nunca

Me viu mais gorda.

Mordo uma maçã vermelha em seu dulçor.

Venha paz: fortuna dessa vida.

Alma penando do teu padecer e de tuas ossadas em pó

Ninguém deve sorrir.

Esquecidos de mim, os musos me deixaram.

Alguns ventos cruéis ajudaram em minha perdição.

Teu corpo vivo ou morto eu quero: uma rocha

Sou uma efêmera flor numa ampola fumosa.

Queria ouvir tambores somente para dançar.

Estou curtindo uma pena danada de mim.

Mais uma longa noite poética me espera.

O silêncio da poesia francesa me comove...

Por que nesse momento a poesia foi embora?

Vejo a lua acendendo fogo no céu com suas lágrimas.


Escrito por Rosa Kapila às 22h57
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sábado, 20 de novembro de 2010

HONDO
Tudo é simples diante de um copo de água.In: O Avesso das Coisas
( Carlos Drummond de Andrade )
Para Tico Santa Cruz, fazendeiro do ar

Seria impossível a Jorja Luisa Borges não ter como
Carta na manga a estratégia da spider.
Finco-te o espeto e, espero a carne assar para eu comer.
Quebro-te o fêmur, o rádio, o carpo, o esterno...
Com essa graça brotam os lacteos enleios. E uma cobertura de filó no berço do hondo.
Eu trituro tudo. E daí? Quem vai triturar sou eu.
Não sou Sócrate, mas não tremeria diante do veneno.
Voltaire volta, endiabrado.
Minha alma nem mais sorri para meu peito
Tão imensa vive de amor insatisfeita.
Dou de mil a zero em minha liberdade e puxo o leite do bico de meu peito.
Eu produzo leite,queijo, iogurte, sou praticamente uma vaca.
Fujo para minha infância.
Dormi com o sal do mar em meus cabelos só para sonhar
E ouvir o grito da sereia.
Um homem puxa faca perto de mim e faz tragédia
No bucho da mulher.
Empapei-me de louro moído e com boca cheia de
Sonetos dei no pé, ave! Nossa senhora que praia é essa
Tão mal tecida de bem-estar.
Enovelei tudo num jogo de amarro.
O amor é um caldo de carne do diabo.
Fujo para me afogar num bar. Minha blusa de branco com bolitas
Pretas ficou rapada no coco.
Um dia eu fui santinha do pau oco e até cheirei rapé.
Eu vi o Cristo me olhar, zangado com meus dizeres.
Na “bolso da bluso” eu troco tudo mesmo.
Meu dinheiro foi banhado na brastemp, meu calção e
Boné enlameados.
Cheiro de sardinha gostosa... a minha boca não fala.
Vem! Ó sono!
Quero dormir ali, com meu amante da Atlântica
O que me sobrou do dinheiro comprei um frango com gosto
De isopor numa jaula girante.
Eu tenho pressa minha gente eu vim de dramas de carnes
De bode e chouriço de sangue pisado.
Eu vim da tonga da mironga e dos gemidos de porcos.
Eu vim de vozes chorando com lamparinas
Eu vim de Castro Alves das Áfricas.
Eu vim dessa tosqueira toda
Hoje em dia sou quase uma mona-ngamba
De manhã de manhãnzinha tomo a bênção a meu remédio.
p.s. hondo é uma palavra nagô.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

23/08/2010 14:40 - publicado por Rosa Kapila [ Alterar ] [ Excluir ]


UMA FLOR SOZINHA,CORTADA E SOLTA NO AR

"A morte é um ponto-e-vírgula, não um ponto final"

( Jávier Godinho )

PARA CISSA GUIMARÃES





A flor quer um lugar onde os diferentes possam viver em paz

observo as horas que perderam meu relógio, no tempo puro.

Hoje, um pato gigante quase me matou de susto no Campo de Santana

antes de ver alguém fujo do pato e abraço minha vida em meus braços.

O ser humano já foi à lua e tem medo de ir à esquina.

Tolstoi, debaixo de meu braço, grita comigo e nos mostra

o fígado flutuante e níveis de sal desequilibrados de Ivan Ilitch;

o grande Ivan que sucumbiu à depressão.

Fiquei com medo do pato e, agora um cachorro paralítico me segue

e, meu relógio, reage, zangado com a perda do tempo.

Já vi que hoje é o dia dos bichos e filmes de cemitérios.

O realismo de Andrew Marvell me comove: "(...) o cemitério é

um lugar bom e privado, mas ninguém, penso eu, submete-se a ele"."

Hoje, briguei com minha lixeira; mas ganhei o dia encontrando-me com Edna.

Deito-me sob o teto desmoronado e sofro pela mãe que perdeu seu filho

que bailava num skate.

Sou dona de estados de espíritos raros e fugazes.

Quando minha memória terá o prazer mais intenso que ela possa obter?

Vejo minha vida que eu considerava obra prima, decaindo e não me desesperei, ainda!

Pedaços de meu corpo se arrastam pelo chão e, tipo Pompéia me vulcanizo.

Deito no chão areado de minha cozinha e observo que uma aranha tece meu destino.

Amor

Alegria

E ruína!

Aquela perturbação tem a sua importância.

Saudade de quintal com galinha e porco entrando pela cozinha.

Nossos corpos são tão frágeis como os corpos de traças e aranhas.

Mesmo a pessoa mais poderosa não é nada, diante de uma montanha.

domingo, 18 de abril de 2010

ROSTO DE CARNE CRUA
“O humor é a delicadeza do desespero”
( Carlito Maia – 1924 – 2002)
Publicitário Mineiro
Dedico esse poema a minha amiga Silvana Owen

Tenho três problemas famosos
O primeiro é transfinito
O segundo forma três números complexos
O terceiro: nada é palpável.
Tento tirar o texto da panela quando leio: “ lá vem o grito
/mudo dos invisíveis.”
(...) é palpável, é pedra e cal (...)
Daria tudo por um pequeno nada.
Quantas coleções de demônios eu já joguei fora?
Vejo o rapaz tão pobre, sentado no chão da Ouvidor
/ e uma placa: “ Vendo ninho de passarinho.”
As letras caligrafadas formavam lagos de lágrimas.
Hoje o sol me molestou de dia, e, a lua, de noite.
Lanço meus pés borbulhantes dentro de tuas portas
/ensapatadas...
O cheiro de desprezo, chegou, porque penso muito
/no berço da matemática demonstrativa.
Mas quando ele funga assim no meu cangote!
Ai!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

domingo, 11 de abril de 2010

Santa, La Guardiana de los Libros de Judite (cuento)

COPYRIGHT © ROSA MARIA DOS SANTOS KAPILA
TRADUCIONE: CARLOS ALTINO ALMEIDA DE SOUZA



Los objetos que pongo delante del espejo pueden asombrarse: peines densos, horguilla de la Indonésia, champuses franceses, cofias de la parada de autobuses. Y más: una gran nostalgia y una foto sacada de un calor insoportable en el que aparecen las gotas de mi sudor. Todavía conmigo hay una Nuestra Señora del Perpetuo Socorro de papelito, medio ablandado de vivir arriba de la nevera.
_ Yo dice: Voy a pensar.
_ Yo me quedo.
Aquí comienza mis días de fuga. Baje del autobus clandestino y me fui a trabajar en una ciudad después del pacífico. Yo leía para una señora ciega. La casa era grande y mi habitación inmensa. Jamás imagine que pudiese tener un empleo tan maravilloso en la vida. Fue una frase suya que me dejó aturdida y boquiaberta. Me quede con miedo de perder mi empleo.
_ ¡Ojo! Con mis libros porque un día todos desaparenceran. La muerte del libro está a cerca – dijo Dueña Judite.
Volví para mí habitación y pense en las cincuentas candidatas que tuve que me oponerme para lograr el empleo. En el día siguiente a la observación de la muerte del libro ella me pidió para que yo le cuente mis sueños. Lo peor aún:
_ Al revés de contar sus sueños, quiero que soñemos el mismo sueño .... para confrontarlos.
_ Imposible soñarmos el mismo sueño, Dueña Judite.
_ Saca de la boca palabras negativas si quieres seguir trabajando conmigo, Santa.
Por un rato yo había sido muy dura. Iba a decir : _ ¿ Cómo sueñan los ciegos? Aún que me detuve y murmuré un “perdón”.
La luz del sol era resplandeciente en aquella casa. Yo misma preparaba mi comida y ponía algunas sábanas en las ventanas para el sol no matar las plantas que empecé a cultivar allí. ¿Será que los libros vendrían a murrir de tanto sol? Dueña Judite me pasaba la lista de los libros para comprar y ella intentaba la orden de la lectura. Algunos lectores de mi afición ella odiaba. Pero hasta ahí, todo bueno, yo entendia. Por la noche yo no leía porque ella siempre tenía visitas. Dueña Judite no permitía que yo viese sus amigos. Otra cosa que yo sabía era a la manera que ella se alimentaba. Sólo sé que yo oía muchas voces y me parecía muy raro tanta festividad para quien es ciego. Quizá sea una exageración de mi parte desvalorizar la capacidad de las personas, delante de tanta bohemia leer para ella quedaba siendo inútil.
En la semana siguiente ella me pidió García Márquez, quería que yo comenzase con “Nadie escribe al Coronel” y luego en la secuencia “Ojos de perro azul”. Me pidió también que señalase algunos trozos y pasasepara el ordenador. Extrané. De otro modo, extrañaba todo ali.
Mientras el pobre coronel se dirigia más una vez al andén para saber si había la bendita carta esperada, ella me pidió que parase:
_ Entonces, ¿ Con lo que has soñado? Me pregunto de pronto.
_ He soñado que estaba sentada en uno de eses balcones, el primer de la izquierda para la derecha. Mis nalgas formaban dos almohadas como una puesta del sol al medio.
_! Qué sueño raro!
_ ¿ Entonces su culo era un sol?
_ Se poniendo.
_ ¿ Quién será usted para tener sueños tan raros? Pero sería un bello material para Salvador Dalí.
Amarilleé, pero tuve ganas para decir.
_ Soy la persona paga para leer para la Señora. Nada más que eso. Yo pienso que el sueño quedaría mejor en las manos de Botero.
_ Por Dios, un hombre que solo hizo mujeres llenas de grasa. Simple lectora ¿no te parece? Yá tuve muchas lectoras, pero no así. Para decir la verdad estamos sintonizadas porque soñé con un sol eclipsado.
Aquel “culo” con lo que dijo con mucha fuerza era mucho sério. Yo no podría oponerle. Dueña Judite era el tipo de persona que la primera opsición eliminaba la amistad. Ella pensaba que el dinero puede todo.
_ ¿ Puedo volver a la lectura? Pregunté para cambiar al tema.
_ ¿ El coronel yá leyó los períodicos del médico?
_ No. Él está decidiendo si vay a un funeral, pero yá alimentó al gallo.
_ Hum... deja García Márguez. Coge Virginia Woolf.
Cogí Virginia, pero ni siguiera abri “Al Faro”. Dueña Judite cismó con los diários de la autora inglesa. Hice la vista gorda. Empecé la lectura pensado en la historia de los sueños. Por la noche, solamente en mi habitación comencé a digerir la falta en soñar sueños iguales. Llegué a pensar en Raul Seixas .... “sueños que se sueña sólo es solamente un sueño que se sueña pero sueños que se sueñan juntos es realidad”. Decidi estar la detetive en aquella noche.
Me penetré en el bosque del jardín y me quedé escondida detrás de un árbol lejos.Vi hombres y mujeres elegantes llegando. Dueña Judite seguía con las mismas gafas oscuras pero abrazaba las personas con desenvoltura y parecía ver a todo y a todos.
“Dios mío”, ¿ pero que misterio será ese? “Comencé a juntar el rompecabezas: la idea de soñarmos el mismo sueño debía venir de la influencia de Gárcia Márquez. Yo yá había leído el cuento: “Me alquilo para soñar”. Pero se ella veía ¿por que me pagaba para leer? Todo era muy diferente alí. Bien más tarde llegó un monovolumen con entregadores de comida y bebida. ¿Cómo puede una persona ciega hacer fiesta todas las noches?
Cansé de espiar y me fui a dormir. Yo me despertaba muy temprano. Casi todos los días iba a las librerías a buscar novedades. Me sentía muy feliz en ser paga por eso. Después de dos meses de trabajo hubo una noche que senti la falta de los sonidos de las fiestas. Dueña Judite estaba sentada en una de sus habitaciones con un ordenador portátil en las piernas. Ella escribía.
ELLA ESCRIBE
Vi la frase bien larga, en caja alta, en mi pensamiento. Si ella escribe ¿por que no leía? Bien ..... escribir es un ejercício táctil.
El día siguiente ella me preguntó sí había comprado el libro del Saramago sobre la ceguera.
_ Ese Saramago es un enfadoso – dijo- pero necesito de esa lectura. ¿ El Borges tiene algun libro hablando de los ciegos?
Me preguntó al medio del Saramago.
_ Necesito buscar - dice.
_ Aquella bruja, su mujer que lo debe saber.
Llamaba María Kodama de Bruja sin verla. Había un resentimiento en sus observaciones. Dueña Judite amargaba más que el fruto de la jurubeba. Parecia una lacraia traidora. Yo odiaría tener que confiar en ella. Planeé buscar otro trabajo, pero antes descobriria aquelle engaño.
_ ¿ Está infeliz aquí?
_ No. Estaba reflexionando sobre la lectura. ¿ También sería adivina?
_ Vou a ser sincera con usted.
Sacó las gafas y uno de los ojos era fondo, igual un hoyo.
_ Este aquí es bueno. Veo bien con él. No se quede tan asustada. Luego voy a poner un ojo de vidrio.
Cogió el ojo que veía y puso las gafas sobre la mesa.
_ Podría sido peor – dijo.
_ ¿Quién hizo eso en su ojo? – Pregunté.
_ Mi marido. Su proyecto era picar los dos.
_ ¿ Dónde está su marido?
_ Está viviendo ahí, bajo sus pies.
Miré el suelo asustada. Creo en espiritos y en energía.
_ Su espírito debe vivir dando vueltas en eso aqui.
_ Lo bueno que solo el espirito. Lo peor si fuese materializado.
_ ¿Ustede le mató?
_ Con una pala. Di dos paladas en su cabeza. Fue más fácil de lo que imaginaba. Pero tengo atestado de óbito y hice el entierro y otras cosas. Mi plano era anticuo y este salón de piedra vivía en obras. Finalmente las reformas en la casa se acabaron.
En aquella mañana se fue al aeropuerto. Entró en el avión. Sentó. Abrió su maletita y vio que había olvidado en casa el original que llevaría para la editora. Cogió un táxi y vino aqui en casa. La tele estaba encendida y oímos la notícia que el avión que él cogería había esplotado en el aire. Doscientas personas murieron carbonizadas. Entonces yo tuve la idea de acabar con él y en trés minutos lo hice todo.
_ ¿ Y la polícia? ¿Y el funeral?
_ Era un hombre muy desconfiado. Su maletita era a la prueba de fuego, água y bala. Una verdadera caja negra. Mostré a la polícia el billete, la maleta ( que tuve el cuidado de ponerla en una hoguera con gasolina), robé un cuerpo quemado en los escombros y hice el funeral. Él está murtito, muertito.
_ ¡ Dios mío! ¡ Que maldad! Él era un escritor......
_ Maldad era lo que hacia conmigo. Sigue siendo escritor. Hago libros con su nombre. Digo para las editoras que me dejó centenas de manuscritos.
_ ¿ Por que não se lanza con su nombre?
_ No vendería tanto como él.
_ ¿ Se ve por que necesita de alguién para leer?
_ Necesito ahorrar mi vista sana. Es necesario alguién inteligente a mí lado que comulgue conmigo y con mis ideas. Usted es la persona ideal. ¿Quiere dividir conmigo la colaboración de los libros Santa?
_ Y esas fiestas que hace todas las noches .... el dinero que gasta ....
_ Tengo dinero para unas diez vidas. Necesito inspirarme en la compañía de escritores. Ofrezco bebidas para ellos y me hablan de proyectos de libros que jamás serán publicados. Siendo así, no me ha contestado. ¿ Quieres dividir conmigo las glórias de un escritor?
_ Voy a pensar. Yo dice vou a pensar. Pero me quede.




TRADUCIONE DEL DADOS BIOGRAFICOS DE ROSA KAPILA: SUZANA VARGAS:



Rosa Maria dos Santos Kapila es maestra hace 35 años. Actualmente dicta classes en la Universidad Estacio de Sá de Rio de Janeiro. Posee 18 libros y muchos prêmios literários.Es Doctora en Literatura Brasileña por UNESP/SP con tesis acerca del poeta Mario de Andrade.